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Economizando água – vazamentos

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cano com vazamento

Sabe aquela mancha mais escura ou mudança na tonalidade no azulejo da parede do banheiro ou da cozinha? Ou aquela pintura da parede perto de áreas molhadas que apresenta mofo? Aquela poça de água em algum piso na área externa ou interna da sua residência? Esses são alguns dos indícios mais visíveis que você pode ter um vazamento no encanamento de sua casa. Fáceis de notar, você pode resolvê-los ou contratar um profissional que o faça. Mas, o que está acontecendo quando sua conta de água está mais alta e a tarifa, bem como o seu uso, continuam os mesmo?

Nesse artigo, vamos dar algumas dicas de como você mesmo pode descobrir se há algum vazamento em sua casa. Muitas vezes, a perda de água acontece em lugares como os canos, caixas de descarga e caixas d’água e nem nos apercebemos disso.

Abordaremos testes no hidrômetro, nos encanamentos internos de sua casa ou apartamento e aqueles que tenham alimentação de água pela rede ou condomínio, nos vasos sanitários e em reservatórios de edifícios. Sobre os vazamentos em torneiras, falaremos em outro artigo, onde também explicaremos como realizar trocas e reparos.

No vídeo abaixo, produzido pela Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – você encontra várias dicas de como realizar testes em seu lar para descobrir vazamentos. Esses mesmos testes estão descritos, um a um, logo abaixo. Aproveite e realiza todos eles, caso você desconfie de problemas na sua conta de água ou se vir algum problema aparente em suas paredes, chão ou teto.

Hidrômetro

De todos os testes, esse é o mais conhecido: verificar o relógio de água – hidrômetro. Para isso você segue os seguintes procedimentos:

  • Mantenha todos os registros de água abertos;
  • Feche bem todas torneiras;
  • Desligue todos os aparelhos que usem água, inclusive os vasos sanitários
  • Depois desses passos, anote o número que aparece ou marque a posição do ponteiro maior do seu hidrômetro;
  • Após uma hora, verifique se o número mudou ou se o ponteiro se movimentou.

Caso a numeração tenha mudado ou o ponteiro tenha movimentado, você tem algum vazamento no seu lar. E como descobrir onde está o problema? Siga os passo-a-passo abaixo.

Canos de alimentação

Para esse teste, precisamos estar atentos aos dois tipos de alimentação de água por encanamentos: os canos de alimentação externos ou da rede – que são aqueles de responsabilidade da empresa de abastecimento e que levam a água até sua casa ou os canos verticais de alimentação, quando você mora em apartamentos; e os canos internos que são alimentados pela caixa d’água ou os canos horizontais que percorrem o seu apartamento.


Um pequeno buraco de 2 milímetros no encanamento,
desperdiça 3,2 mil litros de água em um dia. fonte Sabesp

Canos alimentados diretamente pela rede

Nesse teste é preciso fechar os registros de parede em toda a casa ou apartamento. Na sequência, abra a torneira alimentada diretamente pela rede fornecedora de água – no jardim de sua casa, por exemplo – ou, no caso de apartamentos, use a torneira do seu tanque de lavar roupas.

canos da rede externa

Determine o ponto de água que está ligado diretamente à rede externa de alimentação

Escolhido o ponto do teste, abra a torneira e aguarde toda água parar de sair. Coloque imediatamente um copo cheio de água na boca da torneira. Se houver sucção da água do copo pela torneira, significa que existe um vazamento no cano alimentado pela sua rede.

vazamentos - teste do copo

1 – O copo cheio que deverá ser colocado na boca torneira;

2 – Se houver vazamento, a torneira fará a sucção da água;

Canos alimentados pela caixa d’água

Para a realização desse teste, feche todas as torneiras de sua casa, desligue todos os aparelhos que usem água, mantenha os registros abertos e feche bem a torneira de boia da caixa. Marque na própria caixa o nível em que se encontra a água. Deixe passar pelo menos uma hora. Depois desse tempo, verifique o nível. Se ele baixou, você tem vazamentos em algum de seus encanamentos ou nos vasos sanitários.

Como saber se os vazamentos estão nos canos? Para encontrar o local exato do problema, o ideal é fazer o teste da batida na parede. Porém, para que ele seja é eficaz, é preciso saber onde passam os canos. O teste é simples, e consiste em bater em toda a extensão do encanamento para verificar se o som é diferente em alguma parte. Um ruído anormal indica a possibilidade vazamento.   

Após essa verificação, se você tem certeza de que seus canos estão sem problemas com vazamento, faça o próximo teste, que é verificar seus vasos sanitários.

Vaso sanitário

Apesar desse ser o teste mais fácil e simples, primeiro identifique qual é a saída da descarga do seu vaso sanitário. Existem duas: horizontal e vertical. Na primeira, o cano de escoamento da descarga é embutido na parede; no caso da saída vertical, a tubulação de escoamento passa por baixo do chão.

Para as bacias com saída horizontal (para trás) o teste de ser feito removendo toda a água. Após um determinado tempo, se a bacia voltar a acumular água sem você ter acionado a descarga, há vazamento na válvula ou na caixa de descarga.

O segundo teste é aplicado quando sua bacia tem a saída vertical. Derrame dentro da bacia borra de café. O normal será a borra ficar depositada no fundo da bacia. Caso contrário, é sinal de que existe vazamento, podendo ser na válvula ou na caixa de descarga.

teste de vazamento em vaso sanitário

1 – Normal – sem vazamento

2 – Com vazamento

Reservatórios

Feche o registro de saída do reservatório do subsolo e a torneira da bóia. Marque no reservatório o nível da água e, após uma hora, verifique se ele baixou. Se isso ocorreu, há vazamento nas paredes do reservatório ou nas tubulações de alimentação do reservatório superior ou na tubulação de limpeza.

Bóia em reservatório

Mantenha o registro do cavalete aberto e feche o registro de saída do reservatório e desligue a bomba de recalque. Marque no reservatório o nível de água e, após duas horas, verifique se ele baixou. Se o nível de água não baixar, então há um vazamento pelo extravasor que pode ser ocasionado por defeito na torneira da bóia.

Reservatório superior

Feche o registro de saída e a torneira do reservatório, desligue a bomba de recalque (edifícios). Marque o nível de água com um pedaço de barbante e giz. Aguarde duas horas e confira o nível de água. Se o nível de água baixou, há vazamento na canalização ou sanitários alimentados pela caixa d’água.

vazamento em reservatório superior

Reservatório inferior

Mantenha o registro do cavalete aberto e feche o registro da saída do reservatório. Feche a bóia e marque o nível de água. Após duas horas, faça uma nova marcação e compare o nível de água. Se o nível baixou há vazamento no reservatório devido registro com defeito ou trinca no reservatório.

Piscinas

Coloque a água da piscina no nível normal. Encha um balde com água da piscina até 5 cm da borda. Posicione o balde no interior da piscina de forma que a água do balde mantenha a mesma temperatura da água da piscina e sem deixar que elas se misturem. Marque o nível de água no interior do balde e também o nível da piscina.

vazamento em piscinas

1 – Início do teste

2 – 24 horas após o teste

Se após 24 horas, a água dentro e fora do balde descer a mesma quantidade, a sua piscina está a perder água devido à evaporação. Por outro lado, se o nível de água da sua piscina descer mais do que o nível da água dentro do balde, é bem provável que esteja com um vazamento. Se chover, recomece o procedimento.

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Especial Dicas de Economia

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Especial Dicas de Economia

Todos os países tiveram sua economia profundamente afetada pela pandemia do novo coronavirus. E uma das maiores preocupações de todos, além da saúde e as formas de evitar a contaminação, é como manter a saúde financeira e o cuidado com o seu bolso. Tempos de crise, tempos de aprender a economizar em todos os aspectos da vida.

A Olimar Metais, desde 1991, por ser uma estrutura familiar em seu núcleo, é uma empresa que sempre busca levar qualidade e conforto aos lares de seus consumidores. Por isso, temos um blog no site de nossa loja.

Em nosso blog, já falamos no início da pandemia, em como adotar diversos hábitos de prevenção contra o novo coronavirus. Fizemos também uma série de como organizar melhor diversos ambientes de sua casa. E, mais recentemente, compilamos em um nova série diversas dicas de como economizar água, um bem extremamente importante para todos nós.

Como economizar água no banheiro, na cozinha e na lavanderia é apenas o começo desse Especial Dicas de Economia: água.

Em breve, abordaremos, em novos artigos, dicas e pequenos tutoriais de reparos de torneiras e, também, alguns esclarecimentos sobre as diferenças e características dos seus diversos tipos.

Nessa semana, completamos um ano com nossa loja, sempre com o objetivo de dar a você, cada vez mais, o máximo de informações para que suas escolhas, no momento de adquirir nossos produtos, sejam feitas com consciência e clareza. Nossa meta continua sendo que você tenha requinte, conforto e qualidade no seu lar.

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Dicas de como organizar sua cozinha: área de trabalho

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No post anterior, que abre a série “Dicas de como organizar sua cozinha”, falamos sobre o planejamento geral desse cômodo que, cada vez mais, se torna o centro de socialização nas residências.

As principais dicas foram sobre o projeto geral de sua cozinha e suas mobílias, como também a verificação de todos os objetos que você realmente precisar manter e ter no seu dia-a-dia.

E como a cozinha, por maior ou menor que seja, concentra tantas pequenas tarefas no momento de preparo das refeições, ter sua principal área de trabalho e de preparação limpa é o primeiro passo.

Normalmente, a bancada da pia, principalmente em cozinhas pequenas, é a área mais utilizada nos preparos. Nela, além de descascar, cortar, fatiar os alimentos, você precisa lavar todos os utensílios e louças usados nas preparações de alimentos, como também precisa aparar todos os objetos lavados antes de secá-los e guardá-los. Então, procure usar um escorredor de louças que seja adequado ao tamanho da sua família e deixe-o em uma região protegida de quedas. Se possível, utilize um aparador separado para os copos e aqueles que possuem uma caixa para os talheres.

Junto à torneira, um porta-detergente com espaço para esponja de lavar objetos como pratos, vasilhas e panelas – que normalmente podem conter gordura e resíduos de molhos – e outra esponja que seja reservada para lavar apenas os copos, xícaras e taças. Assim, você não beberá nenhum líquido com gosto ou cheiro do molho da refeição anterior.

Para armazenar as panelas e tábuas de cortes, dependendo da configuração de sua cozinha, você terá algumas alternativas: o armário que fica abaixo da pia ou o armário mais próximo ao fogão e, ainda, prateleiras nessa região, caso elas façam parte do seu projeto de design.

Se guardar as panelas em gavetas, utilize as maiores com boa profundidade e altura. E mesmo que seja sobre prateleiras, vai a seguinte dica: você pode empilhar as panelas uma dentro da outra, mas mantenha no fundo de cada uma delas uma folha de papel-toalha para protegê-las. Quanto às tampas, você pode utilizar aramados apropriados para armazenagem e deixá-los junto às panelas.

Para as tábuas de corte, use também um aramado separador. Ter tábuas separadas para cada tipo de alimento sempre é um bom hábito. Se tem espaço para elas, utilize, preferencialmente, as de poliestireno em cores diferentes para carne, peixe, frango, pão, frutas e hortaliças. Se o espaço reservado para tábuas é pequeno, utilize pelo menos duas: uma para doces e outra para salgados. E sempre as troque quando começarem a desgastar. E, se sua decoração pede objetos de madeira, dê preferência às tábuas de bambu, que são menos suscetíveis a acumularem bactérias e fungos.

Ainda na gaveta abaixo da pia, guarde também os materiais de limpeza, detergente e esponja. E se essa área for pequena, procure armazenar seus produtos e materiais em caixas organizadoras e as mantenha em uma prateleira na sua área de serviço.

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Dicas de como organizar sua cozinha: planejamento

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Sabe aquele copo ou xícara trincada? A panela que perdeu o cabo ou tem o cabo danificado? Ou o excesso de colheres de pau ou mexedores que não têm nem onde armazenar corretamente? Os produtos que passaram da validade?

Com tanta atividade que pode acontecer na cozinha e com a circulação de pessoas no momento do preparo das refeições, identificar os objetos que tenham função no seu dia-a-dia e agrupá-los por categorias são princípios de organização fundamentais para esse ambiente, como falamos no primeiro artigo de nossa série “Dicas de como organizar seu lar”. E, claro, além do descarte desses objetos, se você está redecorando, veja também aqueles que não combinam com o novo design e separe-os para doação.

Feita a triagem que descrevemos acima, divida sua organização em duas etapas: a primeira é o ambiente geral de sua cozinha e a segunda fase são os micro-ambientes.

Se a sua cozinha tem mobília planejada, verifique se todas as portas, puxadores e gavetas estão em bom estado e perfeitamente funcionais. Agora, se seu imóvel é alugado ou você não tem como usar móveis planejados em sua cozinha, procure identificar as necessidades de armazenamento que você precisa, como armários avulsos, nichos e prateleiras e onde melhor se encaixam no layout atual do seu ambiente. Lembre-se, nesse caso, que fogão, geladeira e pia são lugares fixos e que novos móveis, por menores que sejam, precisam manter seu fluxo de circulação desimpedido.

Nos próximos posts continuaremos a dar pequenas dicas de como deixar sua cozinha mais organizada, independente do seu tamanho. Como sempre, desejamos que você tenha cada vez mais conforto e qualidade de vida em seu lar.

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As festas juninas no Brasil – Viva São João

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Festa junina no Pelô

As festas juninas têm sua origem nas comemorações do solstício de verão celebradas pelos povos germânicos e romanos. Fogueiras e balões faziam parte desses rituais, assim como danças e cânticos que prestavam homenagens a diversos deuses em busca de garantir uma boa colheita e fertilidade. Na transição da Idade Antiga para a Idade Média e com a cristianização desses povos, as festividades passaram a ser assimiladas pela Igreja Católica. Assim no mês de junho, no catolicismo, o culto a deuses pagãos foram substituídos pelas comemorações de Santo Antônio, São João e São Pedro.

Com a colonização do Brasil pelos portugueses, país onde a cultura católica se desenvolveu com muita força na Idade Média, as festividades juninas foram se estabelecendo e ganhando ao longo do tempo sua própria identidade.

Mas, não foram apenas os costumes portugueses com a dança das fitas que influenciaram a formação de nossas festas juninas. Da França veio a dança marcada dos nobres – quadrille – e as palavras de comando como anarriê (en arrière = volta), alavantú (en avant tous = para a frente) e balancê (balançoire = movimentar-se ou dançar). As fogueiras e os balões foram mantidos nas comemorações. E até os chineses tiveram sua contribuição com os fogos de artifício.

E, assim, mantendo características herdadas da Europa como a celebração dos dias santos e a mesclagem de elementos típicos das culturas indígena e africana do interior do Brasil, nossas festas juninas tomaram forma própria, inclusive na culinária. Por isso, trazemos para vocês algumas das receitas mais típicas de nossa cozinha junina e outras que foram incorporadas e adaptadas ao longo dos anos. Dentre elas estão a geleinha de cachaça da chef Heloísa Bacellar, como a maçã do amor e o pé de moleque do chef Adri Vicente.

Curiosidades

A quadrilha

Quadrille
The first quadrille at Almack’s – The Reminiscences and Recollections of Captain Gronow (1892)

A dança francesa quadrille, dançada a quatro pares, era considerada chique pelos portugueses e chegou ao Brasil no século 19 para as festas da elite. Aos poucos, foi incorporando elementos da cultura local e virou a nossa quadrilha.

As fogueiras

As diferentes fogueiras das festas juninas

Para cada santo comemorado nas festas juninas existe um tipo de fogueira, sabia? Sim, cada santo com sua fogueira. Para Santo Antônio, o formato da fogueira tem a base de um quadrado, também chamada de chiqueirinho. Para São João, em que as chamas ganham aquele formato cônico, a sua base é circular. E São Pedro não podia ficar fora dessa e ganha uma fogueira com base triangular.

Bandeirinhas

Bandeiras festas juninas

Conhecidas como o principal enfeite decorativo das festas juninas, as bandeirinhas surgiram como forma de homenagem aos três santos conhecidos como “padroeiros” das Festas Juninas: Santo Antônio, São Pedro e São João. As imagens dos santos eram pregadas nas bandeiras coloridas e imersas em água, rito conhecido como lavagem dos santos. De acordo com a crendice popular, a água purifica todos aqueles que se molham com ela. O tempo foi passando, as bandeirinhas diminuindo de tamanho, mas continuam até hoje com a mesma simbologia: de purificar o ambiente da festa.

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Pé de moleque – Arraiá da Olimar

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Pé de Moleque
História

A receita que deu origem ao pé de moleque foi levada à Europa, durante a Idade Média, pelos árabes em suas incursões às Penísulas Itálica e Ibérica. Assim, surgiu o “nogat” (do francês) feito com mel de abelhas nessas regiões e ganhou diversos nomes como nougat francês de Montélimar no Vale do Ródano, o espanhol turró de Alicante, o italiano torrone de Cremona, o siciliano ciubatta e ainda o indiano chikki, que foi levado para o oriente pelos portugueses no início do século XVI.

Aqui, no Brasil, a primeira referência que se tem notícia do pé de moleque, feito com rapadura e amendoim, está no livro o “Doceiro Nacional”. Doce que se tornou típico de nossa culinária, o pé de moleque é tradição na culinária mineira, principalmente na cidade de Piranguinho. No Nordeste existe uma variação do doce na versão de bolo, muito comum em todas as festas juninas. Essa variação é conhecida também como “bolo preto”: o pé de moleque, mantém a rapadura em sua receita e acrescenta-se a ela a castanha de caju e a pubada – uma massa de mandioca fermentada.

A receita a seguir foi gentilmente cedida pelo chef Adri Vicente, responsável pelo projeto Cozinhando na Escola. Saiba mais sobre esse projeto.

Ingredientes
  • 200g de amendoim cru sem casca
  • 120g de açúcar
  • 200g de leite condensado
  • 20g de margarina para untar a assadeira
Modo de preparo

Torre o amendoim sem casca. Coloque em uma panela e acrescente o açúcar.
Quando caramelizar o açúcar, acrescente o leite condensado.
Mexa até começar a desgrudar do fundo da panela. Em seguida, despeje uma forma untada com margarina.
Deixe esfriar um pouco e corte em quadradinhos.

Receitas Doceiro Nacional

Editado, em 1895, pela B. L. Garnier, o Doceiro Nacional é uma compilação de cerca de 1200 receitas de doces, mas muito doces mesmo. O gosto pelo açúcar, herdado dos portugueses, revela-se em sua plenitude. Ingredientes nacionais também são usados em profusão, como as geleias de jabuticaba ou o doce de caju e de pitanga.

Muitas vezes, percebe-se claramente a herança dos antigos manuais da época moderna de como se fazer xaropes e cuidar da saúde, principalmente no caso da utilização específica do açúcar, que foi, por muitos séculos, considerado um remédio. Por isso aparecem receitas de xaropes como o de agrião, o de baunilha, de café ou de caju.

E também, por isso, resolvemos deixar a descrição de cada receita no português utilizado à época.

Receita antiga

Pé de moleque com rapadura

Tomão se duas rapaduras, que se derretem em quatro garrafas de água; lança-se-lhes, em seguida, uma clara de ovo batida com água; deixa-se ferver mais um pouco, coa-se em um panno, torua-so a levar ao fogo, até que tomo ponto de assucar; ajunta-se um prato de amendoins torrados, e privados da pellinha que os cobre, e um pedacinho de gengibre socado; tira-se do fogo, e bate-se no tacho com uma colher do páo; e quando estiver no ponto de assucar, despeja-se a mistura em taboleiros forrados de farinha coada; depois de fria, corta-se em quadrados.

Pé de moleque com assucar

Prepara-se da mesma maneira indicada para o pé de moleque com rapadura. Preparão-se também, tanto o pé de moleque de rapadura, como o pé de moleque com assucar, pondo-se, no logar de amendoins, amêndoas, sapucaias, juncas, coquinhos da índia e de embrejaubas, e casquinhas de laranja da terra.

Medidas culinárias

1 libra = 16 onças ou 453,59 gramas
1 Kg = 2,20462 libras
Ref.: https://sites.google.com/site/receitasperfeitasedicas/tabela-de-conversao-de-equivalencias-culinarias

Ficha técnica

Doceiro Nacional da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin
Título: Doceiro nacional ou arte de fazer toda a qualidade de doces
Edição: 4. ed.
Editor: Rio de Janeiro : B. L. Garnier
Data do documento: 1895

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Geleinha de cachaça – Arraiá da Olimar

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Geleinha de cachaça
História

Heloísa Bacelar conta que, quando criança, em toda mesa de aniversário tinha um prato com uma pilha desses quadradinhos rosados e ela adorava. Sim, as crianças adoram e podem comer, pois ao final do preparo, esse docinho com textura de bala de goma e açucarado perde completamente o teor alcoólico. Segundo Helô, as gelatinas deixam o doce com textura de bala de goma, a vermelha também dá cor, a cachaça dá sabor e aroma e o açúcar adoça e faz com que tudo se transforme em bala.

O único alerta que a chef dá é utilizar uma panela grande e larga no preparo, “já que a mistura ferve, sobe muito e quando transborda faz uma lambança no fogão (tirar todo o grude é infernal)”.

Se quiser saber mais sobre a geleinha de cachaça, confira mais desta história em https://nacozinhadahelo.com.br, cuja receita foi cedida gentilmente pela chef Heloísa Bacellar. E mais novidades sobre ela, você encontra em seu Instagram.

Ingredientes
  • 4 envelopes de gelatina vermelha sem sabor (48g)
  • 2 envelopes de gelatina incolor sem sabor (24g)
  • 2 1/2 xícaras de chá de água (600ml)
  • 1kg de açúcar comum (para cozinhar a geleia)
  • 1 xícara de chá de cachaça (240ml)
  • Óleo para untar
  • Açúcar comum para polvilhar
Modo de preparo

Coloque todas as gelatinas numa tigelinha com ½ xícara de água e deixe repousar por 5min. Enquanto isso, ferva 1 xícara de água.

Regue a gelatina com a água fervente, mexa com um batedor de arame até dissolver completamente e transfira pra uma panela grande e larga. Junte a xícara de água restante, o quilo de açúcar, a cachaça e mexa sem parar até dissolver e ferver.

Então, pare imediatamente de mexer, diminua o fogo e cozinhe por mais ou menos 1h, até engrossar bastante e surgirem bolhas grandes (a geleia sobe bastante, mas só transbordará se a panela for pequena).

Unte uma assadeira de uns 22x18cm com óleo, reserve.

Despeje a geleia fervente na assadeira, mas não raspe e não utilize de jeito algum a calda se permanecer nas paredes e base da panela, e não se preocupe, pois embora pareça que tudo vai transbordar, as bolhas diminuem e a calda se acomoda.

Deixe a geleia repousar de 6 a 12h fora da geladeira, depois desenforme a placa do doce sobre uma superfície polvilhada com bastante açúcar.

Pra não grudar, polvilhe com açúcar as lâminas da tesoura, e corte em tiras e a seguir em cubos. Role os cubos no açúcar e deixe repousar em temperatura ambiente e sem cobrir por mais umas 3h.

Quando as geleinhas estiverem bem secas por fora, transfira pra um pote, feche e guarde fora da geladeira por até 3 dias (como eu gosto delas macias por dentro, acho que depois desse tempo elas secam demais, açucaram por fora, mas tem gente que come feliz por 1 semana).

Receitas Doceiro Nacional

Editado, em 1895, pela B. L. Garnier, o Doceiro Nacional é uma compilação de cerca de 1200 receitas de doces, mas muito doces mesmo. O gosto pelo açúcar, herdado dos portugueses, revela-se em sua plenitude. Ingredientes nacionais também são usados em profusão, como as geleias de jabuticaba ou o doce de caju e de pitanga.

Muitas vezes, percebe-se claramente a herança dos antigos manuais da época moderna de como se fazer xaropes e cuidar da saúde, principalmente no caso da utilização específica do açúcar, que foi, por muitos séculos, considerado um remédio. Por isso aparecem receitas de xaropes como o de agrião, o de baunilha, de café ou de caju.

E também, por isso, resolvemos deixar a descrição de cada receita no português utilizado à época.

Receita antiga

Toma-se uma libra de jujubas, que se fervem em dez garrafas de água ; deitão-se seis libras de gomma-arabia, deixando se ferver até a gomma estar bem dissolvida; coa-se, então, ajuntão-se cinco libras de assucar refinado, e põe-se tudo a ferver sobre um fogo moderado, ou no banho-maria, mexendo-se continuadamente até chegar á consistência sufficiente, o que se conhece, quando um pingo deitado sobre a mão não adhere á pelle.
Deita-se n’este estado em caixinhas de papel, humedecendo-seeste com um panno molhado. Corta-se a pasta em pequenos dados, e acaba-se de seccar, antes de guardar-se.

Medidas culinárias

1 libra = 16 onças ou 453,59 gramas
1 Kg = 2,20462 libras
Ref.: https://sites.google.com/site/receitasperfeitasedicas/tabela-de-conversao-de-equivalencias-culinarias

Referência
Jujubas – https://pt.wikipedia.org/wiki/Jujuba

Ficha técnica

Doceiro Nacional da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin
Título: Doceiro nacional ou arte de fazer toda a qualidade de doces
Edição: 4. ed.
Editor: Rio de Janeiro : B. L. Garnier
Data do documento: 1895

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Maçã do Amor – Arraiá da Olimar

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Maçã do Amor

Adão e Eva no Paraíso, nas artimanhas da bruxa má em Branca de Neve, na tradição na festa judaica de Rosh Hashana (Ano Novo), como símbolo da cidade de Nova Iorque (Big Apple), as maçãs cobertas de mel ou caramelizadas estão em nossa cultura. 12 de janeiro é o dia internacional escolhido para homenagear o personagem ultra-romântico do livro “Apple, the romantics fruits“, Ferdinand Enriche.
Aqui, no Brasil, a Maçã do Amor é muito consumida no mês de junho, durante as festas juninas e também representam um gesto de carinho e afeto entre os namorados.

Feita com a fruta inteira espetada no palito e coberta por uma calda açucarada com corante alimentício vermelho, no Brasil, A Maçã do Amor foi uma invenção paulistana do catalão José Maria Farre Angles, que desembarcou por aqui em 1954. Segundo Leandro Lopes Farre, neto de Angles, em entrevista ao jornal Estadão, “as maçãs carameladas realmente já existiam, mas a calda vermelha e a adição do palito são invenção do meu avô”. Essa adaptação das maçãs caramelizadas – o norte-americano William W. Kolb produziu a primeira maçã do amor em 1908 -, teve características distintas suficientes para a criação de um identidade própria e permitir o registro de patente no Brasil.

A receita a seguir foi gentilmente cedida pelo chef Adri Vicente, responsável pelo projeto Cozinhando na Escola. Saiba mais sobre esse projeto.

  • 500g de açúcar cristal
  • 250ml de água
  • 1 colher de sopa de vinagre branco
  • 1 colher de sopa de corante vermelho em pó
  • 5 maçãs (pequena/média)
  • 5 palitos de sorvete

Calda
Coloque todos os ingredientes dentro de uma panela.
Não use colher na panela. Misture mexendo apenas a panela.
Até à fervura, pode usar fogo alto. Quando ferver, mude para médio e mantenha por aproxidamente 25 minutos.
Mergulhe a ponta de um palito de sorvete na calda e pingue na forma em segundos. Se endurecer como vidro está ok.
Desligue imediatamente e comece o processo de mergulhar as maçãs e colocá-las sobre a forma previamente untada.
Note que o ideal é realizar este processo o mais breve possível, pois a calda vai naturalmente endurecendo.

Editado, em 1895, pela B. L. Garnier, o Doceiro Nacional é uma compilação de cerca de 1200 receitas de doces, mas muito doces mesmo. O gosto pelo açúcar, herdado dos portugueses, revela-se em sua plenitude. Ingredientes nacionais também são usados em profusão, como as geleias de jabuticaba ou o doce de caju e de pitanga.

Muitas vezes, percebe-se claramente a herança dos antigos manuais da época moderna de como se fazer xaropes e cuidar da saúde, principalmente no caso da utilização específica do açúcar, que foi, por muitos séculos, considerado um remédio. Por isso aparecem receitas de xaropes como o de agrião, o de baunilha, de café ou de caju.

E também, por isso, resolvemos deixar a descrição de cada receita no português utilizado à época.

Receita antiga

Doce de maçãs em calda
Tomão-se umas maçãs, as menores possíveis, que se descascão, conservando-se inteiras, e devendo-se escolher as bem maduras.
Por outra parte, faz-se uma calda rala de assucar que se deixa ferver até se engrossar; e quando estiver n’este ponto, deitão-se as maçãs e continua-se a deixar ferver a calda, até ficar reduzida ao ponto de espelho, accrescentando-se uns cravos da índia, e canella.
Despeja-se em vasilhas vidradas e bem tapadas.

Outro methodo de fazer doce de maçãs em calda
Tomão-se umas maçãs grandes e bem maduras, que se descascão conservando-se inteiras, pesão-se as maçãs e para cada libra de fruetas, toma-se uma libra de assucar. Faz-se uma calda de assucar na qual se põem as maçãs a ferver até aquella ficar reduzida ao ponto de espelho, tendose o cuidado de não mexer as fruetas, para não se desmancharem.
Ajuntão-se uns cravos da índia, e uns pedacinhos de canella, e despejão-se em vasilhas vidradas e bem tapadas. Este doce dura de um a outro anno.

Medidas culinárias

1 libra = 16 onças ou 453,59 gramas
1 Kg = 2,20462 libras
Ref.: https://sites.google.com/site/receitasperfeitasedicas/tabela-de-conversao-de-equivalencias-culinarias

Ficha técnica

Doceiro Nacional da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin
Título: Doceiro nacional ou arte de fazer toda a qualidade de doces
Edição: 4. ed.
Editor: Rio de Janeiro : B. L. Garnier
Data do documento: 1895

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Dicas de como organizar seu lar

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Dicas de como organizar

Essa é uma série de dicas de como organizar seu lar que estamos preparando para ajudar a você deixar sua vida “mais confortável e com mais qualidade no seu lar”. Sim, esse sempre foi e continua sendo o nosso lema na Olimar Metais. E, agora, ainda nessa época de pandemia e com as incertezas do futuro próximo, queremos compartilhar com você e com sua família um pouco do bem-estar que buscamos sempre em nossa empresa e em nossos lares.


Por isso, pensamos em algumas dicas e truques que podem deixar seu banheiro, sua cozinha, sua área de serviço e até, mesmo, seus jardins, além de mais organizados, também mais agradáveis. São pequenos detalhes aqui e acolá, que também ajudarão você a preencher seu tempo, cuidar mais de você, de sua família e de sua casa.

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Mas, antes de iniciarmos nossa série de “Dicas de como organizar seu lar”, vamos conhecer algumas ideias de como podemos organizar tudo o que precisamos em nossa casa e, até mesmo, em nosso home office.

Os princípios gerais dessa organização podem ser aplicados tanto nos armários do seu cômodo como nele próprio. 

  1. Identificar os objetos que tenham função no seu dia-a-dia e também aqueles que tragam bem-estar;
  2. Ter uma sequência de arrumação criando categorias de objetos;
  3. Não empilhar nada;
  4. Cada coisa precisa ter seu lugar no espaço;
  5. Separar e guardar os objetos de valor sentimental e que tenham uma história a contar.

Claro que podem existir outros critérios além desses, mas esses são o suficiente para você começar a organizar melhor sua casa.

Uma dica super-importante que muitos profissionais de organização sempre indicam “É arrumar. Não é faxinar”.  Todas as mini-tarefas e esforços que você vai dispensar na limpeza do cômodo ou dos objetos podem se tornarem cansativas, além de desviar do objetivo principal, que é organizar.

Outra também é mais importante ainda: não tente organizar sua casa inteira em um único dia. Separe 30 minutos, até mesmo 1 hora se preferir. Mas, não se esgote nem com o tempo nem em ficar limpando todos os objetos de uma vez.

Agora, se você gosta de organizar e arrumar deixando todos os objetos e o cômodo limpos de uma única vez, convide as pessoas que convivem com você a participarem dessa organização. Todos colaborando, além de terem uma nova atividade para compartilhar, também irão querer manter tudo sempre em ordem, depois de pronta a organização da casa.

E, para finalizar, mais duas dicas de como organizar seu lar: sempre devolva ao seu lugar de origem tudo o que for retirado do lugar; e, ao iniciar a organização da casa, como de tempos em tempos, verifique quais objetos não tem mais finalidade e que podem ser doados. Assim, além de você manter sua casa sempre confortável, ter mais prazer em curtir cada ambiente de seu lar, você também vai levar bem-estar e alegria a uma outra pessoa.

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Linha Colors – Cores e tonalidades

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Linha Colors - Black Matte

Em muitos projetos de decoração, os metais sanitários, tais como torneiras, acessórios e acabamentos fazem uma diferença muito grande no resultado final, principalmente em espaço menores. Muitas vezes, são esses metais que dão o toque final na personalidade e beleza do ambiente.

E, nos últimos anos, a tecnologia na fabricação de torneiras e acessórios para banheiros e cozinhas tem avançado não apenas na funcionalidade, mas também no seu acabamento final. Assim, os estilos de decoração dos banheiros e das cozinhas ficaram mais ricos, atendendo a designs do clássico ao mais contemporâneo.

Os cromados continuam tendo sua importância nos projetos, mas metais em cores como preto (black), dourado (gold) e tons de cobre (rose gold) são a nova tendência na decoração. E na escolha da sua cor preferida vai uma dica muito importante: escolher sempre torneiras, acabamentos de registros, válvulas e acessórios como porta toalha, suporte de papel higiênico, cabides etc do mesmo fabricante. Isso mesmo! Ao escolher os metais da mesma linha e do mesmo fabricante, você irá manter a harmonia das tonalidades da cor escolhida.

Pensando nisso foi que criamos a Linha Colors  – BlackGold  e Rose Gold – que possui duchas (chuveiros), torneiras, porta toalha, porta papel higiênico, cabides, duchas higiênicas, válvulas e acabamentos para registros; tudo de um único fabricante, para assim, manter a tonalidade de todos os metais em harmonia.